18 de dez. de 2012

Instrumentação em periodontia




REQUISITOS DO INSTRUMENTAL EM PERIODONTIA

Delicado, confortável, forma adequada
Rígido sem ser grosseiro
Permitir manipulação e liberdade de movimento sem esforço excessivo
Facilidade e rapidez para serem afiados
Número não muito grande


TIPOS DE AÇO DO INSTRUMENTO

 Aço inoxidável – mais usado
 Aço carbono
 Aço carbide


Composição: 



CABO

Variações: Tamanho, forma, textura e estrutura

Diâmetro do cabo: empunhadura confortável

Textura do cabo: liso
                            Estriado - seguro
Estrutura do cabo: maciço
                               Oco – confortável e leve

HASTE

Mais fina que o cabo
Localização: entre cabo e extremidade ativa
Acesso: difícil (longa); fácil (curta)
Reta e curta (para dentes anteriores)
Curva, longa e angulada (para dentes posteriores)

EXTREMIDADE ATIVA (Parte do instrumento que remove o cálculo)

Número de extremidades ativas:
Instrumento simples: 1 extremidade ativa
Instrumento duplo: 2 extremidades ativas
FIXAS OU REMOVÍVEIS

EXAME CLÍNICO (instrumentais)

Pinça
Espelho bucal
Sonda exploradora
Sonda de Nabers
Sonda de Willians


INSTRUMENTOS EXPLORADORES

Usados para explorar uma determinada superfície, vendo o que os olhos do clínico não conseguem ver.

DELGADO E FLEXÍVEL
PARTE FINAL DENOMINADA DE PONTA
PONTAATIVA (MILÍMETROS FINAIS)
EXTREMIDADES: Simples ou Duplas (funções iguais ou diferentes)

Sua importância: Antes da RAR (para saber as áreas a serem trabalhadas)
                            Depois da RAR (para saber se será necessário uma nova raspagem ou não)



SONDA PERIODONTAL

INDICAÇÕES: SONDAGEM E MEDIÇÃO
                         PROFUNDIDADE DA BOLSA PERIODONTAL
                         PERDA DE INSERÇÃO

IMPORTÂNCIA: Diagnóstico da Doença Periodontal



FATORES QUE INFLUENCIAM A PROFUNDIDADE DE SONDAGEM

Pressão exercida pelo examinador (Gabathuler & Hassel, 1971)
Estado inflamatório do tecido gengival  (Armitage et al., 1979; Jansen et al., 1981)
Profundidade de Sondagem (Jansen et al., 1987; Gribbs et al., 1988)



SONDAGEM DAS FURCAS

SONDA DE NABERS – bifurcações e trifurcações
SONDAS PERIODONTAIS - Molares Inferiores, Molares Superiores (furca vestibular)


INSTRUMENTOS UTILIZADOS PARA RASPAGEM


FOICES
ENXADAS
LIMAS
CURETAS - Universais, Áreas Específicas
FOICES:
Raspagem supragengival
Remoção de grandes massas de cálculo, principalmente em áreas interproximais.
TIPOS DE HASTES: Retas (anteriores), contra anguladas (posteriores)



CURETAS PERIODONTAIS

Em corte transversal na sua lâmina, apresenta-se de forma semi-circular com base convexa.

Raspagem mais delicada
Remoção de cálculos subgengivais


TAMANHO E TIPO DA LÂMINA

A seleção do tamanho e tipo da lâmina deve ser adequada ao tipo de tecido e área a receber a raspagem e o aplainamento radicular.


TIPOS DE CURETAS

CURETA ESPECÍFICA
Cada uma é desenhada para determinada área ou face de um dente; somente um ângulo de corte de cada lâmina é utilizado.

·         Determinada para cada área de utilização
·         Ângulo compensatório de 60º e 70º
·         Emprego de somente um ângulo de corte 70º - 80º
·         Lâmina curva em dois planos
·         Ex. Gracey 11-12



TIPOS DE CURETAS DE GRACEY
 
STANDARD
AFTER FIVE
MINI FIVE



















CARACTERÍSTICAS CURETAS DE GRACEY STANDARD

Apresenta ângulo de 60 a 70º em relação a porção terminal da haste (lâmina
compensatória) (Vista frontal).

TIPOS DE HASTE: rígidas (remoção de cálculos mais grosseiros) e Acabamento

IDENTIFICAÇÃO DAS CURETAS DE GRACEY
Relação Numeração - Área
Nº 1 – 2 e Nº 3 - 4 (Dentes anteriores)
Nº 5 - 6 (Dentes anteriores e pré-molares)
Nº 7 - 8 e Nº 9 - 10 (Dentes posteriores - V e L)
Nº 11 – 12 (Dentes posteriores – mesial)
Nº 13 - 14 (Dentes posteriores – distal)



CURETAS DE GRACEY AFTER-FIVE

CARACTERÍSTICAS:
Inclusão de lâmina mais fina para melhor alisamento subgengival e menor dilaceração tecidual, com haste mais afilada.


CURETAS DE GRACEY MINE-FIVE

APRESENTAÇÃO:
Desenho para acabamento
Com hastes mais flexíveis, apropriadas para raspagem suave, remoção de placa de pacientes em manutenção e bolsas estreitas.


CURETA UNIVERSAL
Adapta-se a todas as superfícies; ambos os bordos da lâmina são cortantes; utilizados para raspagem. Não realiza raspagem subgengival



INSTRUMENTOS PARA POLIMENTO DAS SUPERFÍCIES DENTÁRIAS:
Polimento da parte que esta externa ou exposta, oblistera a superfície dos túbulos dentinários.
·         Taças de borracha
·         Fio e fita dental
·         Polimento por jateamento – inconviniente pelo índice de contaminação

RASPAGEM RADICULAR
Processo pelo qual placa e cálculo são removidos das superfícies dentárias supra e sub gengivalmente.
Movimentos: firmes, punho, antebraço
Apoio sobre dedo médio e /ou anelar
Pressão lateral e firme
Verticais, oblíquos horizontais

PRINCIPIOS GERAIS DE INSTRUMENTAÇAO:
1.       Acessibilidade: Ergonomia
Arco superior: 180
Arco inferior: 120
2.       Visibilidade: Iluminação
Arco superior: queixo/boca
Arco inferior: peito
3.       Condição do instrumental: Afiação
4.       Manutenção do campo limpo: isolamento relativo
5.       Estabilização do instrumento: Caneta modificada
6.       Ativação do instrumento: Adaptação, angulação, pressão lateral
7.       Movimento de trabalho: Punho, antebraço e dedos
8.       Tipos de apoio: Dedos no arco oposto infe/superior intra oral
9.       Alisamento radicular: Remove ranhuras ou irregularidades deixadas pela instrumentação manual. Movimentos leves e de maior amplitude
10.   Polimento dentário: complementação a raspagem e alisamento. Substancia abrasivas aplicadas com instrumentos rotatórios ou, mais recentemente, com jatos de água sob pressão.
 


16 de dez. de 2012

Cistos odontogenicos de desenvolvimento e inflamatorios



Cisto dentígero
Exame clínico: Associado a uma coroa de um dente incluso ou impactado.
Mais em 3º molares inferiores e caninos superiores.
Pode haver expansão da cortical óssea(causa flutuação a palpação), deslocamento de dentes.
Pode ser central, lateral e circunferencial.

Radiografia: Radiolucido, unilocular, SEM REABSORÇÃO OSSEA, tamanho varia de acordo com o grau de evolução.
Histopatologia: Revestimento intimo (epitélio pavimentoso estratificado), capsula de tecido conjuntivo com infiltrado.



Tratamento: remoção cirúrgica (enucleação) e marsupialização.
Cisto de erupção
Exame clinico: É o cisto dentígero no tecido mole.
É uma tumefação mole, muitas vezes translucida na mucosa gengival recobrindo a coroa de um dente decíduo ou permanente em erupção.
Maior incidência em 1º molares permanentes e incisivos superiores.

Radiografia: Não necessita exame radiográfico.
Histopatologia: Epitelio bucal de superfície na parte superior da lamina própria subjacente, há um infiltrado variável de células inflamatórias.
Revestimento na porção mais fundo do material é formado por uma camada fina de epitélio escamoso não ceratinizado.


Tratamento: excisão simples no revestimento para que tenha a erupção do dente.
Cisto periodontal lateral

Exame clínico: Se assemelha ao cisto gengival do adulto.
Ocorre ao longo da superfície lateral da raiz de um dente COM VITALIDADE.
Maior prevalência em IL e PM inferiores.


Radiografico: área radiotransparente bem circunscrita multilobular localizada lateralmente a raiz ou raízes de um dente COM VITALIDADE.
Histopatologia: capsula fibrosa fina geralmente não inflamada, presença de células escamosas achatadas ou cuboidais.

Tratamento: remoção cirúrgica sem remoção do dente.
Cisto gengival do adulto
Exame clínico: Tumefação na gengiva, assintomático, superfície lisa da cor da mucosa normal.
Maior incidência em PM e C inferiores, e na mucosa alveolar ou gengiva vestibular.
Coloração azulada

Radiografia: não necessita exame radiográfico.

Histopatologia: um limitante epitelial fino e plano, com ou sem placas localizadas que contem células claras. Pequenos ninhos de células claras ricas em glicogênio que constituem restos da lamina dentaria também podem ser observados circundando o tecido conjuntivo.

Tratamento: excisão cirúrgica.

Cisto gengival do recém nascido
Exame clínico: pequenos cistos (pápulas) superficiais com ceratina (esbranquiçadas) recobrindo a mucosa alveolar do bebe.
Mais comum na maxila.

Radiografia: não necessita de exame radiográfico.
Histopatologia: um limitante epitelial fino e plano com superfície paraceratinizada. A luz contém fragmentos de ceratina.



Tratamento: não há tratamento, pois a lesão regride espontaneamente.

Cisto odontogênico glandular
Exame clinico:  causa  expansão e perfuração de cortical. Não tem prevalência quanto a idade e sexo.
Radiografia: apresenta-se como imagem radiolúcida unilocular ou multilocular com margens escleróticas
Histopatologia: se apresenta como uma estrutura policística de epitélio escamoso não ceratinizado e epitélio cubóide ou ciliar, com presença de células secretoras de muco.


Tratamento:  enucleação e curetagem.







Cisto radicular apical e lateral

Exame clinico: necrose pulpar, deslocamento dentário e mobilidade dentinária.
Perda da lamina dura e reabsorção radicular é comum.
Radiografia: radiotranparencia geralmente circular ou ovoide, com uma margem radiopaca estreita.
Tratamento: extração do dente desvitalizado associado à curetagem.

Cisto radicular residual

Exame clínico: maior prevalência em homens de meia idade, mais frequente em maxilar.
Radiografia: área radioloucida, arredondada.
Tratamento: Enucleação ou marsupialização.
Cisto paradentário

Exame clínico: inflamação na bolsa periodontal, dente  COM VITALIDADE, maior incidência em MI (cervical).
Radiografia: área radiolucida, unilocular.
Tratamento: remoção cirúrgica.


O cisto radicular é o mais comum do cistos odontogênicos