29 de mar. de 2013

Anatomia interna e acesso de PM


Anatomia interna e acesso de PM
As definições encontram-se no resumo de anatomia interna e acesso de incisivos e caninos.

Cavidade pulpar é dividida em:
·        Câmara pulpar
·        Canal radicular


Paredes da câmara pulpar:
·        Parede mesial, distal, vestibular e lingual.
·    Parede oclusal ou teto
·    Parede cervical ou assoalho (Essa é a diferença entre as paredes de dentes anteriores e dentes posteriores. Em dentes anteriores não possuem essa parede cervical ou assoalho)
.
OBS: PM unirradiculares não possuem a parede cervical ou assoalho.

Parede cervical ou assoalho: superfície convexa do assoalho onde iniciam as linhas demarcatórias que interligam as entradas dos canais.

Rostrum canalium: zona convexa do assoalho onde se iniciam as linhas demarcatórias que interligam as entradas dos canais.


Ramificações do canal radicular


Obs: encontram-se as definições dos demais canais em anatomia interna e acesso de incisivos e caninos.

Cavo interradicular: fica no assoalho. Da câmara pulpar para o assoalho.
Canal principal
Canal lateral
Canal recorrente
Canal secundário
Canal acessório
Canal colateral
Delta apical
Canal interradicular



Anatomia interna de PM

1º PM superior:

Vistas: vestibular, mesial, oclusal, distal e palatina, respectivamente

ü  Câmara pulpar: ovoide, irregular e achatada no sentido M-D.
ü  Canal radicular: geralmente tendo 2 raízes ou não apresenta 2 canais (V-P)
ü  27,8% dos canais vestibulares são retos
ü  44% dos canais linguais são retos
ü  Comprimento médio: 21,5 mm
ü  Sobreposição do canal V e P


 2º PM superior:
Vistas: vestibular, mesial, oclusal, distal e palatina, respectivamente

ü  Câmara pulpar: ovoide, irregular e achatada no sentido M-D. semelhante ao 1º PM superior com dimensões menores.
ü  Canal radicular: 55% a 60% dos casos canal único, achatado no sentido M-D .
ü  Pode existir septo de dentina que divide o canal em 2.
ü  Exame radiográfico- 1canal
ü  Raiz reta em 40% dos casos
ü  Estreitamento no terço apical.
ü  Comprimento médio: 21,6 mm




1º PM inferior:
Vistas: vestibular, mesial, oclusal, distal e palatina, respectivamente

ü  Câmara pulpar: o teto apresenta 2 reentrâncias que correspondem as cúspides V-L.
ü  Vestibular mais pronunciado (influencia na abertura).
ü  Canal radicular: geralmente canal único, achatado no sentido M-D. Pode bifurcar no terço apical.
ü  Comprimento medio: 21,9 mm.


2º PM inferior:
Vistas: vestibular, mesial, oclusal, distal e palatina, respectivamente

ü  Câmara pulpar: semelhante a do 1º PM inferior em maiores proporções.
ü  Comprimento médio: 22,3 mm
ü  Canal radicular: possui 1 raiz e 1 canal.  Possibilidade de 2 canais.
ü  Semelhante ao do 1º PM inferior, porem maior e menos achatado no sentido M-D.



Acesso PM superior
Ponto de eleição: é a fase de desgaste da superfície do esmalte ate a atingir a dentina, usa-se a broca 1014.
Localização: no centro da superfície oclusal no centro do sulco principal.

Direção de trepanação: Esta fase permite atingir o interior da câmera pulpar, usa-se as mesmas brocas do PE.
Posicionamento da broca perpendicular a oclusal.
Direção para a pulpar com movimento V-P.
Obs: NÃO REALIZAR MOVIMENTO NO SENTIDO M-D.

Forma de contorno: Protege externamente a anatomia da câmara pulpar. Usa-se as brocas Endo Z, 3082 (mais conservador), 3080.
Ovoide: maior dimensão no V-P.

Forma de conveniência: Remoção das irregularidades das paredes para se ter uma melhor visualização e fácil acesso aos canais radiculares. Usa-se  a mesma broca da forma de contorno.
Ovalada: maior dimensão no sentido V-P
Parede M ligeiramente divergente para oclusal.
Parede distal voltada para mesial.
Parede V-L ligeiramente divergente para oclusal.





Acesso PM inferiores
Ponto de eleição: é a fase de desgaste da superfície do esmalte ate a atingir a dentina, usa-se a broca 1014.
Localização: no centro da superfície oclusal no centro do sulco principal.

Direção de trepanação: Esta fase permite atingir o interior da câmera pulpar, usa-se as mesmas brocas do PE.
Posicionamento da broca paralela ao longo eixo do dente.

Forma de contorno: Protege externamente a anatomia da câmara pulpar. Usa-se as brocas Endo Z, 3082 (mais conservador), 3080.
Circular ou Ovoide: metade mesial da face oclusal.

Forma de conveniência: Remoção das irregularidades das paredes para se ter uma melhor visualização e fácil acesso aos canais radiculares. Usa-se a mesma broca da forma de contorno.
Ovalada: maior extensão no sentido V-L
Parede M ligeiramente divergente para oclusal.
Parede distal voltada para mesial.
Desgaste compensatório na parede V.

21 de mar. de 2013

Princípios da Farmacologia - Cirúrgica 1

A farmacologia é o estudo da interação dos compostos químicos com os organismos vivos. Ela copia a natureza.

Farmacologia é a ciência que estuda os medicamentos. Medicamentos é toda substância que tem ação profilática, terapêutica e auxiliar de diagnostico.  

A ação profilática, isto é, a prevenção de doenças, se faz, por exemplo, por meio de vacinas. 

A ação terapêutica, ou seja, de cura ou alívio das enfermidades, se faz, por exemplo, com uso de antibióticos, anti-hipertensivos, etc.

Como auxiliar de diagnóstico é possível citar, por exemplo, o contraste, que é uma substância empregada em exames radiológicos para facilitar o diagnóstico. 

Medicamento é o produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidades profilática, curativa, paliativa, contraceptiva ou diagnóstica. Pode conter fármaco(s) e adjuvante(s), reunidos em forma farmacêutica específica.  

Fármaco é toda substância química capaz de modificar funções biológicas, com finalidade terapêutica ou não. Esse termo abrange, pois, agentes terapêuticos e tóxicos.

Droga é toda substância capaz de alterar os sistemas fisiológicos ou estados patológicos, com ou sem benefícios para o organismo. No primeiro caso incluem-se os medicamentos: entre as drogas que não trazem benefícios pode-se citar, por exemplo, a maconha.

A Farmacologia é uma das poucas ciências médicas em que não é clara a divisão entre o básico e o clínico. Ela estuda os apectos bioquímicos e fisiológicos dos efeitos dos fármacos.A concepção da Farmacologia é extensa e, por isso, são reconhecidas diversas subdivisões: 

  • Farmacodinâmica é o estudo da atividade biológica que um fármaco exerce sobre um sistema vivo. Inclui estudo do mecanismo de ação do fármaco e os processos exatos que são afetados por ele. É  o que o corpo faz com a droga.

  • A Farmacocinética trata da magnitude e da passagem do tempo do efeito do fármaco. Tenta explicar esses aspectos da ação do fármaco levando em consideração a dose e a absorção, distribuição e destino das substâncias químicas nos sistemas vivos. É o que a droga faz no corpo.

A prescrição tecnicamente correta deve incluir:

- nome do medicamento
- dose exata
- via de administração e sua frequência.


Em hospitais, os medicamentos sujeitos a controle especial, uma vez prescritos e administrados ao paciente, devem ser registrados em formulários próprios, nos quais são adotados o nome do paciente, o horário de administração, o nome do medicamento, a dose e o nome do médico que faz a prescrição.

Forma farmacêutica é a maneira física pela qual o produto farmacêutico se apresenta (comprimido, suspensão, emulsão, etc.). Por exemplo: lasik comprimido, Binotal suspensão, Agarol emulsão.

Fórmula farmacêutica é a descrição do produto farmacêutico, ou seja, informa quais os ativos e em que quantidade. Por exemplo:


LASIX COMPRIMIDO
Furosemida 40 mg.
Excipiente q.s.p 200 mg.
q.s.q - significa a quantidade suficiente para, o que, no caso quer dizer que é preciso acrescentar água até ser completado o volume de 100 ml. 


Ação dos medicamentos

Os medicamentos podem ser de ação local ou sistêmica.

Ação Local

Diz-se que um medicamento tem ação local quando age no próprio local onde é aplicado (na pele ou na mucosa), sem passar pela corrente sanguínea, ou quando age diretamente no sistema digestivo. São medicamentos de ação local, entre outros:

- pomadas e loções – aplicadas na pele;

- óvulos vaginais, colírios e alguns contrastes radiológicos – aplicados na mucosa;

- alguns antiácidos que neutralizam a ação do suco gástrico e são eliminados sem serem absorvidos.

Ação Sistêmica

Diz-se que um medicamento tem ação sistêmica quando seu princípio ativo precisa primeiro ser absorvido e entrar na corrente sanguínea para, só depois, chegar ao local de ação. Exemplos:

1 – o paciente toma um comprimido de ácido acetilsalíco Somente depois de ter absorvido no estômago e entrar na corrente sanguínea é que esse princípio ativo chegará ao local de ação – a cabeça –, aliviando a dor do paciente.

2- O paciente recebe uma injeção de furosemida. Ao ser injetada na veia do paciente, a droga entra na corrente sanguínea, chegando ao rim, onde exercerá sua ação.

Nesses dois exemplos, a ação do medicamento não se dá no local de aplicação: a droga tem de ser transportada pela corrente sanguínea até o local onde irá agir.


Vias de administração são estruturas orgânicas com as quais o fármaco toma contato para iniciar aquela série de processos.

As vias denominam-se:

- enterais - quando o fármaco entra em contato com qualquer segmento do trato digestivo (via sublingual, bucal, oral e retal).

- Parentais - não utilizam o tubo digestivo.


As vias parentais diretas compreendem as acessadas por injeção (intravenosa, intramuscular, subcutânea e outras) e as indiretas são as que não precisam de injeção (cutânea, respiratória, conjuntival, intracanal, etc.).

Geralmente, cada via pode ser abordada por diversos métodos de administração (injeção, instilação, deglutição, fricção, etc.), nela se usando variadas formas farmacêuticas (comprimidos, cápsulas, drágeas, soluções, xaropes, cremes, pomadas e outras).

ENTERAIS
PARENTAIS

DIRETASª INDIRETASªª
oral Intravenosa cutânea
bucal Intramuscular respiratória
sublingual Subcutânea conjuntival
retal Intradérmica geniturinária
  intra-arterial intracanal
  Intracardíaca  
  Intratecal  
  Peridural  
  intra-articular  

 As vias cutâneas e mucosa são preferencialmente usadas para obtenção de efeitos locais de fármacos, o que não impede que, em sendo absorvidos, exerçam efeitos sistêmicos. 

Via enterais. 

Via oral consiste na administração pela boca de uma forma farmacêutica que, após deglutição, chega ao trato gastrintestinal (TGI). A partir da via oral, a absorção pode ocorrer na boca, no intestino delgado e, em menor extensão, no estômago e intestino grosso.

É via mais comum de administração de medicamentos face à comodidade de aplicação, menor custo das preparações e atingimento gradual de concentração plasmáticas, o que minimiza a intensidade de efeitos adversos.

Também pode ser empregada para a obtenção de efeitos locais de fármacos inabsorvíveis, utilizadas nos controle de alterações localizadas no lúmen gastrintestinal.  

A colocação sob a língua – via sublingual – permite a retenção dos fármacos por tempo mais prolongado. Propicia a absorção rápida de pequenas doses de alguns fármacos, devido ao rico suprimento sanguíneo e à pouca espessura da mucosa absortiva. 

A via retal é utilizada em pacientes que têm vômitos, estão inconscientes ou não sabem ingerir (como as crianças pequenas). Suas maiores limitações de uso são o incômodo na administração e a difícil absorção.

Vias parenterais 

O termo parenteral provém do grego para (ao lado) e enteros (tubo digestivo), significando a administração de medicamentos “ao lado do tubo digestivo” ou sem usar o trato gastrintestinal. Portanto, todas as vias, que não as enterais, são denominadas parenterais.

Vias diretas 

A via intravenosa propicia efeito imediato e níveis plasmáticos inteiramente previsíveis. Tem biodisponibilidade de 100%. É indicada em emergências médicas e doenças graves em que há necessidades de doses acuradas e rápido início de efeito.

Também é usada em presença de baixo sanguíneo periférico (choque), o que impede adequadas perfusão e distribuição do fármaco, bem como para infusão de substâncias irritantes por outras vias ou em grandes volumes.

É falsa a ideia de que os processos patológicos
curam mais depressa graças ao emprego da via intravenosa. 

A via intramuscular é considerada mais segura que intravenosa. A absorção intramuscular depende de fluxo sanguíneo local e grupo muscular utilizado. Observa-se que a absorção de alguns fármacos é maior no músculo deltoide do que no glúteo.

As soluções utilizadas são aquosas, oleosas e suspensões. Todas devem ser administradas pelo método da injeção profunda, para que sejam ultrapassados pele e tecido subcutâneo. Para tanto, necessita-se de agulha de bisel longo (22 a 25G). O volume administrado não deve ultrapassar 10 ml. 

referência:
http://www.iped.com.br 

19 de mar. de 2013

EXAME PERIODONTAL - OPC3


EXAME PERIODONTAL
  
O exame periodontal é a forma fácil de determinar como está sua saúde bucal. O exame tem como objetivo discutir a etiopatogenia das doenças que ocorrem no periodonto, tendo uma micro sonda milimetrada inserida entre seus dentes e a gengiva para verificar sua saúde periodontal.

Aspectos normais

Um periodonto saudável é composto por:
  • gengiva
  • ligamento periodontal
  • osso alveolar


A cor da gengiva é rosa claro, uniforme. Na presença de placa bacteriana supra gengival, poderá ocorrer a inflamação dos tecidos gengivais; a gengivite. É caracterizada por vermelhidão, sangramento gengival, edema e sensibilidade. Clinicamente, o sangramento é o primeiro sinal clínico de inflamação.
Quando há a inflamação dos tecidos de suporte dos dentes, estamos diante de uma periodontite, associada à placa subgengival, sendo representada pela perda de tecido conjuntivo de inserção e osso alveolar. O exame clínico deve incluir medidas que descrevam essas alterações patológicas.
 


A textura deve apresentar-se em aspecto de casca de laranja, mas nem sempre aparece dessa maneira.






CARACTERÍSTICAS GENGIVAIS

Há presença de queratina na margem gengival. Tratando-se da sua qualidade, esta, encontra-se em relação à espessura da margem gengival, quanto mais colágeno, maior a qualidade a gengiva.

Aspectos visuais

Verificar a existência de uma boa higiene oral, bem como os seguintes sinais:

- COLORAÇÃO
- CONTORNO E TEXTURA SUPERFICIAL
- SENSIBILIDADE DOLOROSA
- POSIÇÃO GENGIVAL
- HIPERPLASIA
- RECESSÃO

 
MESA CLÍNICA

  • Sonda de Willians


  • Sonda exploradora numero 5


  • Sonda Nabers

  • Espelho clínico

  • Pinça clínica


Exame Clínico Periodontal

Deve possibilitar a avaliação da presença do fator etiológico, determinar sinais clínicos de inflamação e grau de envolvimento das estruturas de suporte. Será avaliado o processo saúde/doença em relação à margem gengival, composto dos exames de Índice de placa (IP), Índice gengival (IG), Índice de retenção (IR); as condições das estruturas de suporte e situação inflamatória através de profundidade e sangramento à sondagem, perda de inserção.

AVALIAÇÃO PERIODONTAL

  •  ÍNDICE DE PLACA VISÍVEL (IP)
Objetiva distinguir claramente entre a severidade e a situação da massa de placa. O escore 0 corresponde a uma placa bacteriana não visível e o 1 a uma placa visível.
  •  PROFUNDIDADE DE SONDAGEM (PS)


É a distância em "mm" da Margem Gengival (MG) até o Fundo de Sulco/Bolsa (FS/B)
- Para determinar normalidade, considera até 3mm de profundidade a 20g.
- Durante o exame de P.S, não é comum correr sangramento e nem supuração.
- Os instrumentais devem sempre está calibrados, ou seja, medidos e avaliados antes do procedimento.
 
  •  NÍVEL DE INSERÇÃO (NI)

Distância em "mm" da Junção Cemento-Esmalte (JCE) até o Fundo de Sulco/Bolsa (FS/B);

- Não é esperado exposição da JCE;

- Mais indicado para monitorar o paciente;

- A distância entre o FS/B e a JCE deve ser preferencialmente ZERO, ou seja, a distância de entre os pontos de FS/B e JCE é mesmo que Zero.
 
  • SANGRAMENTO À SONDAGEM (SS)


Pode ser observado quando colocamos uma sonda milimetrada no fundo de uma bolsa periodontal, refletindo, segundo estudos histológicos, uma lesão inflamatória no tecido conjuntivo. 




  •   COMPROMETIMENTO DA FURCA
Identifica a presença de destruição dos tecidos de suporte na região de furca de dentes multiradiculares. É mensurado com auxílio da sonda de Nabers, precisamente uma S. Nabers Graduada.
Não se usa Sonda Milimetrada para esse tipo de procedimento.
Grau I, II e III define o nível de gravidade da lesão.
Há variações nos acessos nas várias conformações de furcas existentes.


- Furcas Vestibulares de Molares Superiores e Inferiores são acessadas pela Vestibular;
- Furcas Linguais de Inferiores são acessadas pela Lingual;
- Furcas Proximais de Molares Superiores são acessadas pelo palato;
- Furcas Proximais de Pré-molares são acessadas por vestibular e lingual.


  •   MOBILIDADE DENTÁRIA

A destruição progressiva dos tecidos de suporte periodontais pode resultar no aumento da mobilidade dos dentes.
A verificação da mobilidade pode ser realizada por dois sistemas; É necessário o uso de instrumentos rígidos para confirmar a mobilidade; Ter mobilidade não significa necessariamente dente com prognóstico ruim.
Sua extensão de movimento é vestíbulo-lingual, em grau I, II e III


  • RECESSÃO E HIPERPLASIA
recessão: coloca-se o sinal de positivo
hiperplasia: coloca-se o sinal de negativo
 

Referência:

Resumo aluno Filemon Filho 
http://www.periodonto.net/materialdidatico/aulas/Exame%20Clinico%20e%20Radiografico.pdf 
http://www.defiori.com.br/prevencao/saiba01.htm