17 de fev. de 2014

Fisiologia e mecanismos biomecânicos da articulação temporomandibular ATM - ESAB3

A ATM é sem dúvidas a articulação mais complexa do corpo. A análise da anatomia funcional da ATM não é apenas relevante para interpretação diagnóstica das situações odontológicas, mas influencia tambem a estratégia terapêutica de forma decisiva.



A ATM caracteriza-se por unir estruturas fixas da base do crânio com um osso móvel, que se desloca em sincronia com uma articulação  idêntica e simétrica. A Atm é a única articulção do corpo humano que apresenta dentes em seu eixo terminal de fechamento.






É de extrema responsabilidade do Cirurgião Dentista o diagnóstico da ATM.





SUPERFÍCIE FUNCIONAL

É a região preparada para suportar a carga funcional nos movimentos mandibulares.

A ATM é uma articulação ginglemoartroidal

Ginglemoidal = rotação         Artroidal = translação



CÔNDILO MANDIBULAR 

Osso esponjoso revertido por uma delgada camada cortical.

O côndilo mandibular possui uma superfície articular fibrocartilaginosa para um melhor deslocamento, sem fricção, das estruturas articulares, além de transferir as forças compreensivas na ATM para o osso subcondral.

Eixo terminal de Rotação

Situa-se numa região antero-inferior aos prolongamentos dos longos eixos dos côndilos.


COMPONENTE TEMPORAL

Fossa articular e Eminência articular

Boca fechada - Fossa articular
Boca aberta - Eminência articular


DISCO ARTICULAR

Tecido conjuntivo denso, o disco aguenta mais carga e distribui as forças, porém não se pode exercer uma excessiva carga sobre ele. Durante os movimentos mandibulares, é mantido no seu lugar pela ação conjunta das fibras superiores do musculo pterigoideo lateral, banda bilaminar e ligamentos colaterais.




ZONA BILAMINAR

Tecido conjuntivo frouxo altamente vascularizado e inervado.



16 de fev. de 2014

PRINCIPIOS CIRURGICOS APLICADOS A PERIODONTIA

TERAPIA PERIODONTAL:

*Fase I (RAR) -------- reavaliação --------- Fase II (cirurgia) -------- Fase III (restauração) ------- Fase IV (manutenção).


*Fase I (RAR) ------ Reavaliação (30 a 45 dias) ------- Fase IV (manutenção) ------- Fase II ou III.


Reavaliação após a fase I da terapia --------- Periograma ---------- Restabelecimento da saúde à cirurgia.



*As vantagens da fase inicial da terapia relacionada à causa (Fase I): remoção do agente etiológico, melhoras no quadro clinico da doença periodontal, tornando os fatores mais próximos da normalidade.



Lindhe: A cirurgia periodontal é um coadjuvante a terapia relacionada à causa (Fase I), uma vez que a maioria das doenças periodontais está associada à placa bacteriana. 
Só após a fase inicial da terapia relacionada à causa (1 a 6 meses) será verificada a resposta ao tratamento, para assim escolher o tipo de cirurgia periodontal a ser empregada, bem como a variedade de sítios que poderão ser envolvidos.


O que o Cirurgião dentista deve ter como princípios basicos:


  • Conhecimentos anatômicos das áreas.
  • Planejamento cirúrgico prévio.
  • Não-intervenção em áreas com infecção aguda. Ex: Pericoronarite – dor, febre, trismo, edema, processo agudo.
  • Incisão firme e única.
  • Remoção dos tecidos que foram incisionados.
  • Instrumental de corte afiado.


Objetivos cirurgicos:

  • Objetivos primários: acesso direto e a visuabilidade das raízes e das deformidades ósseas que podem estar presentes.
  • “Facilitar a remoção e controle do biofilme, contribuir para a preservação do periodonto a longo prazo – melhorando o prognostico dos dentes e melhorando a estética”.
  • Preparação pré-protetica à implantes dentários.


Lindhe: O principal objetivo da cirurgia periodontal é contribuir para a preservação do periodonto a longo prazo, facilitando a remoção e o controle da placa, e a cirurgia periodontal pode atender a estes propósitos da seguinte maneira: criando acesso para raspagem e alisamento radiculares adequados; e determinando uma morfologia gengival que facilite o controle da placa pelo paciente. Além disso, a cirurgia periodontal pode destinar-se à regeneração da inserção periodontal destruída pela doença.

TECNICA CIRURGICA:


  1. Acesso RAR
  2. Morfologia gengival
  3. Regeneração da inserção



INDICAÇÕES À CIRURGIA PERIODONTAL:


  1. Estética gengival
  2. Restabelecimento biológico
  3. Exploratório
  4. Biopsia para diagnostico de lesões em gengiva
  5. Procedimentos regenerativos

CONTRA INDICAÇÕES À CIRURGIA PERIODONTAL:



  • Higiene Bucal (controle de placa) – índice de biofilme.
  • Doenças cardiovasculares:
  • Hipertensão arterial
  • Angina pectoris
  • Infarto do miocárdio
  • Terapia anticoagulante
  • Endocardite bacteriana
  • Lesões congênitas
  • Implantes e próteses cardíacas
  • Distúrbios sanguíneos: Leucemia aguda


CLASSIFICAÇÃO DAS CIRURGIAS PERIODONTAIS


CIRURGIAS DE TECIDOS MOLES:

  • Gengivoplastia e gengivectomia. Ex: bolsas supra-osseas.
  • Retalhos totais ou divididos. Ex: aumento de coroa clinica.
  • Cirurgias muco-gengivais. Ex: recobrimento de raiz (recessão).
  • Enxertos: epitélio livre ou conjuntivos. Ex: recobrimento de raiz (recessão) com outras mucosas.
  • Combinações técnicas




CIRURGIAS DE TECIDOS DUROS:

  • Osteoplastia e osteotomia
  • Técnicas de neoformação óssea
  • Enxertos
  • Combinações técnicas
  • Implantes


SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO ASA:


CLASSE
NIVEL DA DOENÇA
MODIFICAÇÕES TERAPEUTICAS
I
Saúde normal
Nenhuma
II
Branda a moderada
Redução de stress,
Possibilidade de algumas modificações terapêuticas
III
Severa com limitações de atividades mas não incapacitante
Redução do stress,
Consulta medica obrigatória,
Tratamento eletivo em hospital
IV
Severa com limitação de atividade e constante risco de vida
Emergências odontológicas (fazer paliativo),
Consulta medica urgente


ANALISE DA ÁREA A SER TRABALHADA:

ü  Limites anatômicos e condições significativas.
ü  Quantidade de gengiva inserida.
ü  Inserção de freios e bridas.
ü  Contornos e formas
ü  Alterações do vestíbulo
ü  Bolsa periodontal
ü  Abertura de boca
ü  Tipo de sorriso

LIMITES ANATOMICOS SIGNIFICATIVOS:

MAXILA:

ü  Linha do sorriso
ü  Corredor bucal
ü  Seio maxilar
ü  Exostoses (toros)
ü  Feixe vásculo-nervoso
ü  Forame incisivo

MANDIBULA:

ü  Inserção muscular
ü  Nervo mentual
ü  Artéria facial

ü  Entre outros

ANALISE DE PACIENTE CIRURGICO:

ü  Idade do paciente
ü  Estado de saúde
ü  Grau de higienização bucal

15 de fev. de 2014

Técnica radiográfica intrabucal interproximal (sem a utilização do posicionador)

MATERIAL NECESSÁRIO:

1. Filme radiográfico periapical

2. Papel filme

3. Fita crepe

PROCEDIMENTO:

1. Seguir cuidadosamente o POP de Biossegurança e o POP 3 para dar prosseguimento ao atendimento.

2. Colocar o colete de chumbo e o protetor de tireoide no paciente.

3. Ligar o aparelho de raios-X e verificar a tensão do aparelho.

4. Proteger o filme radiográfico com papel filme.

5. Confeccionar a aleta de mordida com fita crepe.

6. Inserir o filme radiográfico na cavidade bucal do paciente primeiramente na região inferior, deixando a face sensível do filme voltada para o feixe de raios-X, longo eixo do filme na horizontal e picote voltado para face para mesial.

7. Para radiografias da região de pré-molares a imagem deve abranger a distal dos caninos e para região dos molares a distal dos segundos pré-molares.

8. Solicitar ao paciente o fechamento da boca, realizando uma leve tração para acomodação do filme na região lingual dos dentes.

9. Em seguida, deve-se posicionar a cabeça do paciente: Plano Sagital mediano perpendicular ao plano horizontal e Plano de Camper modificado paralelo ao plano horizontal.

10. Determinar a angulação vertical (+8) e o ponto de incidência na linha trágus-comissura labial, paralelo àsfaces proximais dos dentes.

11. Programar o tempo de exposição (para filmes radiográfico tipo E utilizar 0,5 segundos para região posterior).

12. Acionar o parelho.

13. Retirar o filme da cavidade bucal do paciente e remover o papel filme.

14. Retirar o colete de chumbo e o protetor de tireoide do paciente e colocá-lo em local apropriado sem dobras.